Em 2022, Johnny Depp e Amber Heard estiveram no centro de um julgamento que dominou manchetes globais. Depp processou Heard por difamação, pedindo 50 milhões de dólares, após um editorial de 2018 no The Washington Post onde ela alegava ser vítima de violência doméstica. Embora Heard não mencionasse Depp diretamente, ele alegou que o artigo prejudicou sua carreira e destruiu sua reputação, levando-o a ser afastado de projetos importantes, como Piratas do Caribe. Heard contra-processou por 100 milhões de dólares, afirmando que o advogado de Depp fez declarações que prejudicaram sua imagem.
O julgamento, transmitido ao vivo, expôs detalhes da tumultuada relação entre os dois, incluindo gravações de discussões, fotos de supostas agressões e depoimentos de ambas as partes. Depp negou todas as acusações de abuso e afirmou que ele próprio era a vítima na relação. Heard, por sua vez, manteve suas alegações e declarou que o caso era uma tentativa de silenciá-la.
Após semanas de depoimentos intensos, o júri decidiu a favor de Depp, concedendo-lhe 10 milhões de dólares em danos compensatórios e 5 milhões em danos punitivos, embora o valor punitivo tenha sido reduzido devido a limites legais. Heard recebeu 2 milhões de dólares por uma declaração do advogado de Depp considerada difamatória. Depp celebrou o veredicto, dizendo que o júri “lhe devolveu sua vida”, enquanto Heard lamentou, chamando o resultado de um “retrocesso” para as mulheres vítimas de violência.
O caso não só marcou a vida dos dois atores, mas também reacendeu debates sobre violência doméstica, liberdade de expressão e o papel da mídia em julgamentos públicos. A disputa judicial entre Depp e Heard não apenas dividiu opiniões, mas também deixou um impacto duradouro na forma como casos de figuras públicas são tratados.